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Caso Maísa

Acusados de assassinato por vingança vão a júri nesta quarta

Segundo o processo, o trio faria parte de uma facção e matou um detento após um tribunal do crime

Maísa Martins, de 12 anos, foi morta em uma tentativa de assalto, em 2014 - Reprodução/TVC
Maísa Martins, de 12 anos, foi morta em uma tentativa de assalto, em 2014 - Reprodução/TVC

O tribunal do júri de Três Lagoas inicia nesta quarta-feira (5) o julgamento de nove pessoas acusadas de um assassinato dentro do presidio da cidade. Todos são acusados de "julgar" e executar José Leandro Carvalho de Jesus, em 2015, que estava preso por ser um dos autores da morte de Maísa Martins, de 12 anos, segundo a Polícia Civil.

Por se tratar de um número grande de integrantes de uma facção, o julgamento será dividido em três datas ao longo do mês de junho. Inicialmente sentam no banco dos réus Arison Rodrigo Moreira, Fabrício Cássio Vitória da Silva, Igor de Souza Alves, todos acusados da morte de José Leandro.

Para a justiça o mandante do crime seria Fernando Barrinha Antonácio, que supostamente montou “tribunal do crime” para julgar e executar José Leandro Carvalho de Jesus, que juntamente com um adolescente de 16 anos haviam participado de tentativa de roubo que terminou com a morte da sobrinha de Fernando.

Conforme o processo, Fernando teria sido autorizado por outros criminosos a montar julgamento por videoconferência de José Leandro. Participaram do julgamento  criminosos de dentro e de fora do presídio

De acordo com os autos da denúncia do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, José Leandro teria sido atraído a uma cela e recebido o comunicado da decisão do tribunal do crime, sendo obrigado a cometer suicídio ingerindo um coquetel apelidado pelos presos de “gatorade”, mistura composta por cocaína e bebidas alcoólicas e que leva a morte por overdose. Como Leandro não teria morrido com a bebida os detentos então asfixiaram a vitima até a morte.

Além de Fernando, Arison e Euclides também vão a julgamento Éverton Rodrigues de Queiroz, Fabrício Cássio Vitória da Silva, Igor de Souza Alves, Maicron Selmo dos Santos, Matheus Alves de Melo e Paulo César Pereira de Paula. Todos estão presos e respondem por vários crimes.