Três Lagoas duplicou geração de empregos em 2013

Três Lagoas quase triplicou a geração de empregos formais no ano de 2013. A afirmativa é baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho.
Conforme o Caged, em 2013, o município foi responsável pela geração de 6.713 novos postos de trabalho com carteira assinada. O número é 128% superior ao total registrado no ano anterior. Em 2012, a cidade havia gerado um saldo de 2.932 novos empregos, o que, naquela época, já correspondia a um aumento de 50% em comparação a 2011. Já quando comparado os dois últimos anos, 2013 e 2012, o aumento no número de empregos formais gerados foi de 3.781 vagas a mais. 
A grande responsável pelo resultado ainda é a construção civil. Sozinho, o setor gerou 5.617 novos empregos (12.645 admissões contra 7.028 desligamentos), o que equivale a quase 85% do total de estoque de vagas. Entretanto, este resultado não está ligado apenas à construção de grandes obras, como a da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), da Petrobras. 
A diretora do Centro Integrado de Apoio ao Trabalhador (Ciat), Fátima Montanha, afirma que o setor de construção civil está aquecido como um todo. Como exemplo, ela citou um processo seletivo que haverá na agência pública de emprego nesta quinta-feira. São três empresas que estão à procura de mão de obra, sendo que cada uma deverá conversar com até três candidatos por vaga. “A construção civil realmente está muito aquecida. Para se ter uma base, apenas em uma dessas empresas, são 37 vagas abertas”.

Mas o setor não é o único que fechou o ano com saldo positivo de empregos. Em segundo lugar está a indústria da transformação, que contratou 759 trabalhadores. Ao todo, o setor contratou 8,4 mil pessoas e demitiu outras 7,6 mil. 
Em terceiro lugar no ranking de estoque de empregos, o Caged traz a agropecuária, com a geração de 312 novos postos de trabalho. O setor contratou 1.450 trabalhadores e demitiu outros 314. Até mesmo o Comércio, que hoje vem enfrentando dificuldades em encontrar mão de obra, conseguiu encerrar o ano com saldo positivo:122 novos postos de trabalho com carteira assinada. O único setor em decadência, ainda segundo os dados do Caged, foi o de serviços, que fechou 125 postos de trabalho. 
E, para Fátima, esse índice de novas contratações pelo mercado formal deverá se manter, ou até mesmo aumentar, neste ano. “Do jeito que Três Lagoas vem se despontando no cenário estadual e nacional, a tendência é de aumentar. A vinda de novas indústrias dão abertura para que outras empresas venham para dar suporte. Isso facilita para o mercado de empregos. No entanto, para isso, um dos itens é o investimento, seja da própria empresa, quando do município para qualificar essa mão de obra”, reforçou.
ATENDIMENTO CIAT
De acordo com Fátima Montanha, o ano já começou aquecido na geração de emprego na agência pública de empregos. Enquanto que no ano passado a média de atendimentos no Ciat era de 150 a 160 trabalhadores ao mês. Hoje, este índice chega a 230 e 240. “Isso incluindo a busca por emprego, que é a grande maioria, e também a entrada no seguro desemprego. Por exemplo, a cada 90 entradas no seguro desemprego, atendemos esse mesmo montante e mais a metade em busca de emprego”. 
A diretora da agência pública de emprego informou que o Ciat trabalha para chegar a 100 inclusões no mercado de trabalho ao mês, meta estipulada pela Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). Para isso, ela busca ampliar a rede de empresas cadastradas junto ao Ciat. “Encaminhamos uma média de 60 a 80 correspondências diárias convidando as empresas de Três Lagoas, hoje em torno de sete a oito mil segundo a Junta Comercial, para serem nossos parceiros”, completou. Os convites já deram resultado. Enquanto que em março do ano passado, o Ciat tinha 150 empresas cadastradas, neste ano já são cerca de 600.