No terceiro dia da Operação Rastilho II, realizada pelo Comando da 9ª Região Militar do Exército em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, foram apreendidos 700 quilos de explosivos no Estado.
A preensão aconteceu em uma cidade do interior do Mato Grosso do Sul, porém ainda não foi divulgada pelo Exército por questões de segurança, já que haverá o transporte deste material. A previsão é de que, até o final desta quinta-feira, o nome do município e da empresa sejam divulgados, quando está previsto o término da operação, iniciada nesta terça-feira.
De acordo com a assessoria do Exército, os explosivos foram apreendidos devido a falta de controle do material, bem como em razão das condições de segurança do local em que os produtos ficam armazenados.
Ainda de acordo com o Exército, Três Lagoas também é alvo dessa operação. Nesta quarta-feira, os militares visitaram empresas na cidade que manipulam esse material, mas estavam regulares.
Além de Três Lagoas, na região, vistorias foram realizadas em Selvíria, Brasilândia e Aparecida do Taboado. Paranaíba, Costa Rica, Sidrolândia e Terenos também são alvo da operação, que investiga ações criminais com a utilização de explosivos nos últimos meses.
De acordo com informações da equipe de operação, esses explosivos seriam utilizados de forma ilegal, e poderiam ser desviados para atividades do chamado “novo cangaço”, em explosões de terminais bancários de autoatendimento. A polícia investiga a origem do comércio ilegal de explosivos nesses estados.
Na região de Três Lagoas, alguns terminais bancários foram arrombados nos últimos anos com a utilização de explosivos. Em dezembro do ano passado, dois terminais eletrônicos de uma agência bancária em Selvíria, por exemplo, foram arrombados com dinamite.
O objetivo da operação é evitar ou reduzir a possibilidade de que explosivos utilizados por empresas registradas sejam desviados e empregados contra pessoas e estruturas, permitindo o seu uso somente por pessoas legalmente habilitadas. A operação acontece também em outras áreas do território nacional, sob a coordenação geral da Diretoria de Fiscalização e Produtos Controlados (DFPC) do Exército.