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Três Lagoas

Três Lagoas é considerada área de risco de desastres

Classificação deve-se as situações de alagamentos e devido ao vendaval ocorrido em 2010

O dia 27 de setembro de 2010 entrou para a história do município como o pior desastre já registrado -
O dia 27 de setembro de 2010 entrou para a história do município como o pior desastre já registrado -

Três Lagoas e mais seis cidades de Mato Grosso do Sul estão entre os mais de mil municípios brasileiros que fazem parte da lista de vulneráveis a desastres naturais.  O mapeamento das áreas de riscos foi feito baseado em critérios específicos, como ocorrência de inundação, enxurradas e deslizamentos, número de óbitos, desabrigados e desalojados, registrados nos últimos 20 anos.

A classificação dos municípios mais vulneráveis a desastres naturais foi a partir de análise de dados existentes nos arquivos da Secretaria Nacional de Defesa Civil, e divulgados pelo Observatório das Chuvas.


Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Rebelo, o fato de Três Lagoas estar classificada entre os municípios mais vulneráveis a desastres naturais deve-se as situações de alagamentos e, principalmente em razão do vendaval que ocorreu em setembro de 2010, que destruiu várias residências, derrubou mais de 500 árvores, causando um verdadeiro estrago na cidade, inclusive, uma morte registrada. Na época, a Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu situação de emergência em Três Lagoas.


A intenção do governo federal é que, através desses dados e da análise das vulnerabilidades locais, seja possível promover um trabalho de elaboração de propostas de intervenções para diminuição de riscos de deslizamentos e inundações nessas cidades. Para a execução do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, estão previstas diversas ações.


“A Defesa Civil quer é que ações mitigadoras sejam implantadas nos municípios para  evitar situação de grandes danos e prejuízos, quando registrar evento de natureza climática. Não temos como impedir a incidência de fortes ventos e  chuvas intensas, mas se acontecer, certamente, medidas podem ser adotadas para minimizar prejuízos. Podemos preparar a população para enfrentar certas situações de risco. Existe uma série de providências que a Defesa Civil precisa desenvolver com a comunidade para reduzir os efeitos das adversidades climáticas”, comentou Paulo Rebelo.


Segundo consta no site do Observatório das Chuvas, o mapeamento de risco referente a Três Lagoas ainda não foi concluído e a previsão é que ainda nesse ano seja divulgada as medidas governamentais que serão adotadas no município.


DRENAGEM
Quanto ao problema de alagamento, que sempre transtorna a vida de moradores em algumas regiões da cidade, Rebelo destacou que essa não é uma questão tão simples de ser resolvida , porque  Três Lagoas é uma cidade plana e com deficiência de rede de drenagem de águas pluviais.  Outra questão apontada é o fato de Três Lagoas ter apenas dois pontos para o escoamento de águas pluviais, que são os córregos do Jardim Brasília e o da Onça.


Ainda de acordo com Rebelo, a Prefeitura está atenta a todas essas questões, inclusive já elaborou projetos na tentativa de conseguir recursos do governo federal para a execução de grandes obras de drenagem. “A população precisa entender que a nossa parte nós fizemos, mas que a liberação de recursos não depende da administração municipal e sim do governo federal, que não cansa de dizer que tem verba, mas quando apresentamos projetos esse dinheiro nunca vem”, criticou.


DEFESA CIVIL
Segundo Paulo Rebelo, nomeado coordenador no ano passado da Defesa Civil, criada em Três Lagoas, em 2007, até hoje, os demais integrantes do orgão não foram nomeados.