O Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas divulgou o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2023. O resultado é preocupante, pois o índice geral de infestação do mosquito transmissor da dengue é de 3,1%, o que coloca Três Lagoas em situação de alerta para um possível surto ou epidemia da doença. Apesar do índice geral ter sido de 3,1%, têm bairros de Três Lagoas, que o LIRAa apresentou resultado superior, acima de 4%.
O resultado do LIRAa é superior ao recomendado como satisfatórios pelo Ministério da Saúde, que é abaixo de 1%. De 1 % a 3,9%, o índice representa situação de alerta. Acima de 3,9%, há risco de surto de dengue. Alguns bairros em Três Lagoas apresentam risco de surto da doença.
Somente na primeira semana de janeiro, Três Lagoas registrou 35 novos casos suspeitos de dengue, destes, três positivos e 5 negativos, os demais aguardam resultados de exames laboratoriais.
A situação da dengue não é preocupante apenas em Três Lagoas, mas em todo o Mato Grosso do Sul. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, somente neste início de ano já foram notificados 129 casos suspeitos e sete confirmados. No ano passado o boletim da dengue registrou 23 mortes em função da doença em todo o Estado, com 57.323 casos notificados, sendo 20.797 confirmados.
Em 2022, Três Lagoas registrou 2.649 casos notificados de dengue, sendo 986 positivos de e 1.583 negativos.
De acordo com o coordenador de Endemias, Alcides Ferreira, é possível que uma epidemia de dengue seja registrada neste verão devido ao calor e chuva, período propício para a proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras doenças.
“O mosquito Aedes deposita seus ovos nas paredes de recipientes, quando eles se enchem de água, os ovos eclodem e geram as larvas, que se transformam em mosquitos. Desta forma, todos precisam verificar em seus domicílios, eliminando os
possíveis focos e interromper a transmissão dadoenças. Pois o Aedes aegypti transmiti a dengue, a zika e a febre do Chikungunya”, explica o coordenador.
Ainda de acordo com o levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, os mosquitos estão 80,9% nas residências, 10,1% nos estabelecimentos comerciais, e 9% em terrenos baldios.