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Três Lagoas

Três Lagoas fecha mil postos de trabalho em julho

Resultado foi o pior registrado neste ano, que até então vinha batendo recordes

Construção civil foi a que mais demitiu, 1,2 mil pessoas perderam emprego -
Construção civil foi a que mais demitiu, 1,2 mil pessoas perderam emprego -

Quase 1,1 mil postos de trabalho foram fechados em Três Lagoas no mês de julho. O resultado, pior registrado no município nos últimos anos, foi divulgado ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e reflete situação semelhante à de outras localidades do Brasil. 

Conforme o Caged, no mês passado, o município registrou 2.128 admissões contra 3.227 demissões, o que resultou em um saldo negativo em 1.099 empregos formais. O principal setor responsável pelo resultado era o que até então vinha mantendo a cidade em primeiro lugar no ranking estadual de geração de empregos: a construção civil. No segmento, foram registradas apenas 284 novas contratações contra 1.513 demissões (saldo negativo em 1,2 mil novos empregos). Um dos fatores que pode ter influenciado no resultado foi a demissão em massa, realizada pelo Consórcio responsável pela construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), da Petrobras, após uma série de movimentos grevistas e paralisações. Na época, aproximadamente 600 trabalhadores foram demitidos.


Este foi o único setor a fechar no vermelho. No entanto, os outros segmentos mostraram estagnação. Para se ter uma base o setor de serviços contratou apenas nove pessoas a mais em junho. No comércio foi realizada uma única contratação a mais e, na indústria da transformação, via de regra segundo segmento com maior geração de empregos, foi registrado saldo positivo de 53 novos postos de trabalho formais (733 admissões, contra 680 demissões). O setor com melhor desempenho foi o da agropecuária, com 71 novos empregos gerados (305 admissões contra 234 desligamentos).


Entretanto, no acumulado do ano, o município permanece com saldo positivo. De janeiro a julho desse ano, foram registradas 20.950 admissões contra 17.323 demissões, o que equivale a um saldo positivo de 3,7 novos postos de trabalho. Mesmo com a queda de julho, o saldo ainda supera o resultado de 2012. No ano passado, o município registrou o saldo positivo de 2.932 novos empregos com carteira assinada.


COMPARAÇÃO 
A geração de empregos em Três Lagoas começou a mostrar declínio em junho. Naquele mês, o município havia gerado 495 novos empregos com carteira assinada. O resultado manteve a cidade na liderança em geração de empregos no Estado, porém foi a metade do apresentado em maio, quando o se obteve saldo positivo de 876 novos postos de trabalho.


No entanto, a liderança não pôde ser mantida em julho. Segundo levantamento feito junto ao Caged, Três Lagoas apresentou um dos piores resultados entre os quatro principais municípios de Mato Grosso do Sul. Além dele, Dourados também teve saldo negativo na geração de empregos, com o fechamento de 115 postos de trabalho. Enquanto isso, Campo Grande conseguiu manter-se no positivo, com a abertura de 352 novas vagas e, em Corumbá, foram registrados 72 postos de trabalho a mais.


ESTADO
Já em todo Mato Grosso do Sul, foram 105 postos de trabalho fechados. A construção civil também liderou entre os setores com maior número de demissões, saldo de 1.064 postos de trabalho fechados. Já na indústria da transformação, foram 139 postos de trabalho fechados.