Três Lagoas já notificou 77 casos de dengue nessa primeira quinzena de janeiro. O resultado coloca a Secretaria Municipal de Saúde em estado de alerta para uma possível epidemia de dengue, uma vez que, no ano passado, durante o mesmo período, a cidade havia notificado apenas quatro casos.
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, desse total, 19 exames deram positivo e quatro negativo, 54 pacientes ainda aguardam o resultado. O último caso de óbito registrado em Três Lagoas foi em maio de 2013.
Os bairros com maior índice de foco de dengue são:Santa Luzia, Carandá, Ipacaraí e Jupiá. Nesses locais, a Vigilância Epidemiológica desenvolve ações para combater e erradicar a doença, com borrifação nas residências que possuem notificação e caso positivo,para quebrar a cadeia de transmissão.
O setor também realiza outras atividades preventivas,como visita domiciliares, mutirões em pontos críticos, palestras, inspeções em prédios públicos e privados.
De acordo com o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia de Brito, o aumento nas notificações neste ano é natural. “O ano passado foi atípico, em consequência o ano seguinte apresenta mais casos”.
Além disso, as altas temperaturas registradas na cidade nos últimos dias estimula a oviposição das fêmeas.“Tivemos um período chuvoso em dezembro de 2014. Geralmente, os casos começam a acontecer após um período maior de chuvas, e posteriormente acontece o aumento do índice de infestação predial (LIRAa)”, explica o coordenador.
COLABORAÇÃO
O setor de Vigilância Epidemiológica, juntamente com o Setor de Educação em Saúde, da Prefeitura de Três Lagoas ressalta que é necessária a colaboração de toda a população para prevenção de novos casos.
Com o aumento das temperaturas, as pessoas costumam jogar mais água nos quintais, utilizam mais piscinas e não elevam a atenção no cuidado com o mosquito. Neste ano, já foram encontrados foco em brinquedo de criança localizado no quintal de uma residência por exemplo.
O setor reforça ainda que é preciso também atentar-se com casas não habitadas que podem apresentar foco nos vasos sanitários e outros locais, como calhas.