O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, que esteve ontem, em Campo Grande, participando da audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, confirmou em data a ser marcada, que será realizada em Três Lagoas , mais uma audiência pública para discutir o traçado da ferrovia Norte- Sul Ferrovia EF-267.
Três Lagoas
Três Lagoas poderá ser cotada por nova ferrovia
Deputado Eduardo Rocha e prefeita Márcia Moura defenderam em Campo Grande inclusão da região no traçado da ferrovia
O deputado Eduardo Rocha (PMDB) e a prefeita Márcia Moura (PMDB), destacaram a importância da ferrovia passar por Três Lagoas e a necessidade de se discutir mais amplamente a proposta de inclusão da região Aparecida do Taboado- Três Lagoas- Brasilândia no cidade no traçado da ferrovia Norte- Sul. “Estamos lutando para garantir a inclusão de Aparecida do Taboado, Selvíria e Três Lagoas nesse traçado. Mostrei o mapa e os números que comprovam a importância da ferrovia passar por esses municípios, que têm produção industrial importante na economia do Estado. O Bernardo ficou sensível e disse que vai mandar os técnicos para discutirmos esse assunto com os empresários em Três Lagoas”, destacou Rocha.
INTEGRAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO
Conforme os estudos técnicos apresentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a ferrovia vai passar por sete municípios de Mato Grosso do Sul, cruzando 11 rodovias, entretanto, exclui as cidades com grande potencial de carga, como Três Lagoas e Aparecida do Taboado. O traçado que consta no projeto excluiu a ligação do trecho entre essas duas cidades com Brasilândia até Dourados. Os estudos apresentados preveem a interligação ferroviária pelo Estado de São Paulo. Denominada de Integração para o Desenvolvimento, a ferrovia parte de Estrela D’Oeste e vai até Panorama, ou seja, passa por território paulista, para daí chegar a Brasilândia e depois alcançar Dourados e seguir até o Porto de Paranaguá.
De acordo com o projeto, os trilhos passarão por Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina, Angélica, Deodápolis, Dourados e Maracaju, com ramais integrados à malha ferroviária do Paraná, permitindo o escoamento da produção pelo município de Mundo Novo seguindo para Guaíra, Cascavel, Guarapuava, Irati, Iguaçu e Paranaguá, onde está localizado um dos mais importantes portos de exportação do Brasil.
RAMAL
Segundo Eduardo Rocha, se não for possível o traçado passar por Três Lagoas, existe uma grande possibilidade de ser construído um ramal ferroviário no município para atender a demanda das grandes indústrias. “A maior carga a ser transportada está em Três Lagoas. Essa ferrovia tem que passar pelo município, que conta com duas fábricas de celulose, uma de papel e, em breve,a de fertilizantes. Portanto, o município necessita desse meio de transporte”, ressaltou.
Mesmo Santa Rita do Pardo sendo contemplada com a ferrovia, a ex-prefeita do município, Eledir Barcelos, durante audiência pública realizada ontem, em Campo Grande, foi solidaria a prefeita Márcia Moura e defendeu que Três Lagoas seja incluída nesse traçado. “As grandes indústrias estão instaladas em Três Lagoas. Santa Rita do Pardo e Brasilândia são impactadas porque a plantação de eucalipto abrange esses municípios. Então, defendo que, além dessas cidades, Três Lagoas também possa ser beneficiada.
As lideranças do Bolsão defendem que Ferrovia Norte-Sul entre no Estado pela ponte rodoferroviária de Aparecida do Taboado, passe por Três Lagoas e siga até Dourados. Entretanto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres tem a proposta de que o ramal entre em Mato Grosso do Sul por Brasilândia. Ao final da audiência pública de ontem, Eduardo Rocha se mostrou bastante confiante para que esse traçado possa ser mudado, ou que esses municípios do Bolsão possam ser contemplados com ramal ferroviário.
Bernardo Figueiredo informou que, entre novembro e dezembro desse ano, serão publicados os dois editais para a licitação dos dois trechos que fazem parte da ferrovia Norte-Sul. As obras, orçadas em R$ 14 bilhões, estão previstas para iniciarem em 2014. O prazo para a conclusão é de cinco anos.