De janeiro a junho deste ano, a Polícia Civil de Três Lagoas registrou nove homicídios. Desse total, dois foram casos de latrocínio – roubo seguido de morte. No entanto, o último assassinato foi registrado no último domingo, por volta das 20h30, no bairro Santa Rita.
Três Lagoas
Três Lagoas registra nove homicídios neste ano
O último assassinato aconteceu neste fim de semana, no bairro Santa Rita
De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem Dayane Priscila de Lima Santos, 20 anos, foi morta com dois tiros. Um deles atingiu a coxa esquerda e o outro a testa da vítima. O acusado de ter atirado contra a moça seria o ex-companheiro dela, de 23 anos. O motivo do crime, segundo familiares, seria o fato de o acusado não aceitar o fim do relacionamento.
Consta ainda no registro policial que a mãe da jovem estava em frente à residência da família conversando com vizinhos quando o suspeito pediu para falar com Dayane. Neste momento, o acusado sacou uma arma, pistola calibre 45, e disparou contra a vítima, que foi atingida na perna. Mesmo ferida, ela correu e procurou abrigo dentro de sua casa. Testemunhas tentaram conter o homem, mas ele conseguiu entrar no quarto, e atirou pela segunda vez na cabeça da vítima, que morreu no local. O homem fugiu. O caso está sendo investigado por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Segundo o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, o acusado já tem passagem pela polícia. Em agosto de 2012, ele foi preso por tráfico de drogas. Já em janeiro deste ano, foi transferido para a Colônia Penal Industrial "Paracelso de Lima Vieira Jesus", unidade de regime semiaberto masculino, e, a partir de abril, estava cumprindo pena domiciliar. Além dessa prisão, o homem tem vários processos criminais como ameaça, posse de droga e direção perigosa.
HOMICÍDIOS
Comparado ao número de homicídios de 2012, o índice desse tipo de crime neste ano aumentou em 50%, saltando de seis para nove casos. Conforme Lopes, a maioria dos assassinatos está relacionada às drogas, seja para consumo ou tráfico. “Nesse episódio, o crime aconteceu por disputa de pontos de comercialização de entorpecentes ou até mesmo por conta de dívidas. Além disso, nesse último caso, o crime serve de alerta para outros devedores”, explicou o delegado.
Em Três Lagoas, outra causa de homicídios são as brigas de bar. Segundo Lopes, a bebida alcoólica é uma grande mola propulsora dessas desavenças, que ocasionam mortes. Embora tenha havido um aumento no número de homicídios, o delegado esclarece que não há motivo para alarde da população. Ele explica que, para o porte de Três Lagoas, uma cidade com mais de 100 mil habitantes, o número está de acordo com a média nacional. “É lógico que o ideal é que não acontecessem assassinatos, mas, para isso, é necessário desarmar a população, além de desbaratar as quadrilhas que comercializam entorpecentes”, frisou.