Três Lagoas, com 125 mil habitantes, segue sem ter o serviço de transporte urbano operando na cidade. Moradores dos bairros mais distantes do centro da cidade, reclamam da dificuldade para se locomoverem diante da falta dos ônibus coletivos. A aposentada Marlene de Oliveira Silva é moradora do bairro Vila Piloto e sabe bem como o transporte público faz falta. “Ainda mais com o preço da gasolina tão alto. Ir daqui para a cidade de bicicleta, ainda mais com esse sol, fica difícil”, reclamou.
Não são apenas os aposentados que reclamam da falta do transporte público. Estudantes das escolas estaduais também. Para os alunos da Rede Municipal de Ensino, a prefeitura tem disponibilizado transporte, agora os alunos da Rede Estadual estão sem.
O serviço do transporte público em Três Lagoas foi suspenso pela prefeitura no início do ano passado devi do a pandemia da Covid-19. No início deste ano, a empresa Três Transportes voltou a operar, mas alegou ser inviável manter a operação em Três Lagoas, devido à redução no número de passageiros. Em abril deste ano, o serviço deixou de ser feito, logo depois, a prefeitura rompeu o contrato com a empresa, e abriu nova licitação para contratação de empresa.
Na primeira convocação, realizada em agosto, apenas duas empresas manifestaram interesse, no entanto, foram inabilitadas no quesito documentação. Dian te disso, na semana passada, a prefeitura abriu um novo chamamento público para contratação emergencial de empresa interessada em explorar o transporte público pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogada durante mesmo período, até que um novo processo licitatório com um novo estudo de linhas de ônibus, estrutura entre outras especificidades, possa ser aberto.
O diretor de Trânsito, Flávio Thomé, informou que, em média, a empresa que operava o serviço na cidade transportava, 35 mil passageiros por mês. A quantidade, segundo ele, é pouca. “Teria que transportar de 80 mil a 100 mil. Três Lagoas é uma cidade plana de favorece o uso de bicicleta elétrica e propulsão humana, além do que, as empresas oferecem o fretamento e a cidade tem muitos veículos”, justificou.