O município de Três Lagoas tem um déficit de, pelo menos, 30 policiais civis, segundo informou ao JPNews, o delegado regional de Polícia Civil, Rogério Fernando Market Faria. “Esse seria um número razoável para que pudéssemos incrementar outros serviços e atendimentos, possibilitando uma maior presença da Polícia Civil perante a população”, destacou.O efetivo reduzido não é um problema exclusivo de Três Lagoas, mas dos demais municípios da região, bem como do Estado.
De acordo com o delegado, atualmente 99% do efetivo vive dentro das delegacias, dos cartórios, fazendo serviços administrativos, procedimentos, inquéritos, termos circunstanciados e atos infracionais. “Além disso, temos policiais de atestado médico, de férias, o que acarreta em problemas que não chegam ao conhecimento da sociedade, mas procuramos manter um bom serviço”, destacou.
Outro problema enfrentado pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul é com relação à custódia de presos nas delegacias. De acordo com o delegado regional, em Três Lagoas esse problema ocorre na 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde existe uma cela com presos. “Temos esse problema também em Brasilândia e Água Clara. Essa é uma reivindicação dos policiais e estamos lado a lado com eles, tentando com que o Estado retire da nossa responsabilidade essa função. A gente sabe que já existem tratativas e reuniões para que, no futuro, esse serviço saia das mãos dos policiais civis e passe, definitivamente para a Agepen”, informou.
De acordo com o delegado, em razão do número de policiais reduzidos, alguns crimes não são esclarecidos. Faria destacou que é dado prioridade na elucidação de crimes de maior repercussão, como homicídio, estupro e latrocínio. “Mesmo sendo um número reduzido, os policiais de Três Lagoas são muito eficientes. O índice de esclarecimento de homicídios, por exemplo, é de quase 100%. Na medida do possível, esclarecemos os furtos, entre outras ocorrências em que as pessoas procuraram a delegacia. Dentro das condições humanas, desempenhamos um bom papel”, salientou.
Ainda segundo o delegado regional, em Três Lagoas, não existem problemas da falta de viaturas e combustíveis.