Três Lagoas deve ganhar este ano um corredor cultural, quando no mês de junho, o município completa 100 anos de emancipação político- administrativa. O espaço será destinando para o desenvolvimento de atividades culturais, lazer e de preservação da história do município.
O projeto, também chamado de Corredor Cultural, segundo a diretora do Departamento de Cultura, Vickie Vituri Garcia, está praticamente pronto e aguarda o fim do trâmite da parte burocrática e da cedência da área para o município, assim como autorização da prefeita, para o projeto começar a ser executado. O Corredor Cultural será instalado na área da antiga Estação Ferroviária, localizada no centro da cidade, na avenida Rosário Congro.
A ideia, segundo a diretora, é aproveitar todo o complexo ferroviário da antiga estação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), que está desativado em consequência da construção do contorno ferroviário para abrigar a execução de projetos culturais. O primeiro barracão, que fica ao lado da Citocal, onde estava previsto ser instalado o Museu Municipal, deverá abrigar a escola de circo e teatro. “Chegamos à conclusão que o espaço seria pequeno para abrigar um museu devido à quantidade e tamanho das peças. O barracão não seria suficiente para abrigar todo o acervo que o município já tem”, declarou.
O espaço onde funcionava a bilheteria da antiga Estação Ferroviário será destinado à escola de dança e música. O Departamento de Cultura também deve mudar para o local. O outro barracão, nas imediações de onde funcionava o Camelódromo, será destinado para apresentações teatrais e para a Orquestra Sinfônica e oficina de teatro, artes plásticas e exibições de cinema.
A área da esplanada da NOB, a direita do túnel para pedestres que dá acesso ao bairro de Nossa Senhora Aparecida, será transformada em praça de convivência e leitura. Neste local poderá ser construída uma concha acústica. Em uma das duas antigas residências que abrigavam as famílias do engenheiro da ferroviária e do inspetor geral da ferrovia em Três Lagoas, será instalado o Arquivo Público Municipal e um espaço para exposição de telas e trabalhos artísticos.
O Museu Municipal será instalado em outro barracão, localizado nesta área. A diretora de Cultura informou que algumas peças que pertenciam à ferrovia já estão colocadas no local e que o Departamento de Cultura já ganhou do Museu Ferroviário de Bauru mais de três mil fotografias relacionadas à ferrovia. “A ideia é ir melhorando o Museu com o passar do tempo. Já enviamos um projeto solicitando apoio para uma entidade patrocinadora da Espanha. Portanto, estamos tentando viabilizar recursos para esse Museu e outros projetos”, antecipou.
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Cidade terá uma locomotiva para passeios turísticos
A diretora disse que é necessária a adequação do espaço que irá abrigar as escolas de dança, teatro com uma pintura e reparos nos prédios. O projeto deve ser executado em etapas. Segundo Vickie, a intenção é que a primeira etapa possa ser colocada em prática neste primeiro semestre do ano. Ainda de acordo com a diretora do Departamento de Cultura, a ideia é utilizar uma locomotiva e um vagão para passeios turísticos, no trecho compreendido entre a antiga Estação Ferroviária e o bairro de Jupiá. “Haveria uma programação e passeios em dias e horários que não atrapalhariam o trânsito nos cruzamentos da ferrovia com a linha férrea. As pessoas poderiam sair do centro da cidade e desfrutar o ambiente bucólico de Jupiá. A ideia é estimular os pescadores e artesãos venderem seus produtos nestes dias”, revelou.
No complexo cultural haverá espaço destinado ao artesanato local, além de uma cantina para atender aos turistas da cidade. “Esse é um projeto que já estamos trabalhando desde o ano passado para transformar esse espaço em um grande corredor cultural, preservando as suas características,” salientou.
A diretora do Departamento de Cultura informou que são atendidos mais de dois mil alunos nos diversos cursos que o município oferece. Segundo ela, existe uma fila grande de pessoas aguardando oportunidade para participar dos cursos, porém não é possível ampliá-los neste momento por falta de espaço, mas com esse complexo cultural, vamos ampliar o número de participantes, acrescentou.