A asma é uma doença que afeta muitas pessoas em Três Lagoas mas que pode ser prevenida. Porém os três-lagoenses têm dificuldade em aderir ao tratamento e só procuram as unidades de saúde quando têm crise.
Em 2021 o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1,3 milhões de atendimentos a pacientes com asma em todo o Brasil. Este número é quase 20% maior do que o que foi registrado em 2020.
De acordo com o Ministério da Saúde, a asma é considerada um dos problemas de saúde respiratória mais recorrentes em todo o país. Acredita-se que pelo menos 23% da população tenha que conviver com essa doença diariamente.
Entre os principais sintomas da asma estão: tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, respiração curta e rápida, desconforto torácico e ansiedade. Apesar de ser uma doença de origem genética, ela pode ser adquirida ao longo da vida, segundo a pneumologista Vanessa Alves. “Neste caso chamamos de asma ocupacional por que ela foi adquirida pela exposição de poluentes. Isso acontece com os fumantes, com quem trabalha em carvoaria, com jateamento de areia entre outros”.
A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante, a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal.
A médica explica também que o tratamento é baseado no uso de dispositivos inalatórios, principalmente corticóides, que têm ação anti inflamatória, e na aplicação de bronco dilatadores, que são as famosas bombinhas de asma.
Alguns fatores podem intensificar as crises de asma como: alergia, poeira, mofo, pelos de animais, infecções e viroses como gripes, resfriados e sinusites, esforço físico, aspectos emocionais, o uso de alguns medicamentos e o refluxo gastro esofágico.
Embora a quantidade de pessoas com asma em Três Lagoas seja grande, Vanessa ressalta que é muito difícil fazer com que eles levem o tratamento à sério. “A falta de adesão acontece por que eles tratam como uma doença crônica e que não tem cura, têm uma crise ou outra e acabam procurando o setor de emergência quando isso acontece. Eles não dão seguimento para que haja um controle e para ter qualidade de vida. É como uma pessoa que têm hipertensão; o controle é para a vida toda, mas se tomar a medicação corretamente a pessoa vive bem”