As aves já fazem parte do cotidiano três lagoense. Araras, tucanos, patos e entre outras espécies são comuns nos céus e árvores de Três Lagoas. Nos parques naturais e nas lagoas, conseguimos ouvir os mais variados sons durante uma caminhada. O canto das aves tem atraído cada vez mais interessados em observar e aprender sobre as espécies, principalmente em lugares onde há uma grande concentração delas.
Observando o potencial turístico, a Prefeitura de Três Lagoas através da Diretoria Municipal de Turismo em parceria com o instituto Mamede, que promove o turismo ambiental, abriu um cadastro para mapear os observadores de aves. O projeto tem como objetivo transformar a cidade em um polo para a prática desta atividade e um roteiro turístico de apreciação da diversidade de espécies, fomentando o turismo no município.
Qualquer pessoa interessada pode se cadastrar através do número (67) 98139-2051. A diretoria recomenda que os potenciais observadores, ao fazerem a busca destas aves, tenham binóculos, celulares ou câmeras fotográficas com qualidade de imagem e sem flashes e façam a atividade com roupas leves e brancas e calçados fechados e confortáveis.
A tecnologia já conta com aplicativos que emulam sons de pássaros, o que pode atrair espécies para pontos próximos, mas orienta que deve ser usado com cautela. As imagens podem ser enviadas ao banco de dados em sites como Wiki Aves e-Bird, que mantém um catálogo de aves em todo o mundo com fotos tiradas por observadores.
A diretora também dá dicas de onde os observadores podem observar as aves em Três Lagoas. A cascalheira também concentra uma grande quantidade de aves, foram catalogadas 300 espécies. O local também recebe aves migratórias, que saem do estado do Alasca, nos Estados Unidos, para se refugiarem na região em busca de calor e alimentos.
A pesquisa também aponta que, das 610 espécies de aves no estado, 60% são encontradas em Três Lagoas. Doze aves estão ameaçadas de extinção, sendo cinco delas em casos agravantes e uma em estado crítico, como a Águia Cinzenta.
O professor do curso de biologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Sérgio Posso, foi um dos responsáveis pelo estudo. Sérgio defende a necessidade de preservação da fauna e flora regional. O estudo também aponta que a preservação destes locais pode contribuir com estudos voltados para a medicina, tecnologia e de recursos naturais.
Confira a reportagem abaixo: