Não é de hoje que o Brasil é um país de contrastes. Milionários e miseráveis são vizinhos em bairros/favelas da zona Sul de São Paulo. Produtores rurais são exploradores e invasores de terra são classe social carente de apoio público. Eleitores que reclamam de políticos, mas não aparecem para votar no dia da eleição.
A imensa quantidade de votos brancos e nulos só não perde para um comportamento contrastante dos brasileiros que não foram votar no domingo, 7 de outubro. Os mesmos brasileiros que condenam à classe política à masmorra não exerceram seu principal direito dentro da democracia. Talvez tenham optado pelo tribunal das redes sociais, de onde não sai nada além de exageros.
Quase 30 milhões de pessoas deixaram de votar no primeiro turno em todo o país. Com o comparecimento destes eleitores, é possível que a eleição fosse decidida em primeiro turno. Mais que isso, a vontade da maioria absoluta seria retratada nas urnas. Sem essa multidão, a vontade que saiu da votação é da maioria absoluta. É apenas relativa.
Brasileiros de todo o país – de Três Lagoas, mais de 20 mil – deixaram de apontar o rumo da política e da administração pública para o país, nos próximos quatro anos. Deixaram o navio à deriva!
Para o segundo turno, em que o número de opções de candidatos caiu de 13 para apenas dois, como será o comportamento do eleitor é impossível prever. Independentemente do resultado – que seja o melhor para o país, evidentemente -, o importante é que retrate a vontade da maioria para que próximo presidente possa governar com respaldo popular legítimo.