Desde o início da semana o calor em Três Lagoas vem incomodando a população. Os termômetros têm registrado entre 38 e 39 graus, mas a sensação térmica, conforme informações do meteorologista Natálio Abrahão Filho, varia entre 43 e 44 graus. A umidade relativa do ar está abaixo de 30%, o que colocou a região em estado de estiagem desde quarta-feira.
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A previsão para esta sexta-feira e sábado é de mínima de 23 graus e máxima de 39 graus para a região de Três Lagoas, Bataguassu, Paranaíba e Aparecida do Taboado.
“O agravante é que as regiões leste e nordeste do Mato Grosso do Sul estão com a umidade relativa extremamente baixa, com menos de 30%, sendo que o ideal seria entre 60% e 65%”, avalia o meteorologista.
Natálio que lembra que a última boa chuva ocorreu dia 12 de janeiro. “O nível de chuva do mês passado inteiro ficou em 75 milímetros, uma vez que o esperado é de 200 mm”, afirma ele, que menciona que, em toda a região do bolsão os níveis da bacia estão caindo, como é o caso da Hidrelétrica de Jupiá.Com a falta de chuva, as atividades agrícola e pecuária ficam comprometidas.
QUEIMADAS
O que acaba prejudicando ainda mais a qualidade do ar são os incêndios em vegetações.No mês de dezembro, o 5° Grupamento de Bombeirosde Três Lagoas atendeu 9 ocorrências, já em janeiro subiu para 15 os atendimentos de combate ao fogo em vegetações, um aumento de 40% em eliminação de incêndios, de acordo com o tenente Leandro Aparecido Domingos.
“A população costuma ligar para os bombeiros para denunciar queimadas em áreas. Quando recebemos a solicitação, vamos com a viatura até o local, analisamos se há risco eminente à vida ou ao patrimônio, caso exista, entramos com atuação”, menciona o Tenente, que orienta as pessoas a denunciarem por meio do telefone 193.
O bombeiro lembra que incêndio em vegetação é crime ambiental e, quem for flagrado ateando fogo, é conduzido à delegacia e responderá processo previsto em lei, Decreto n° 2.661, de 8 de julho de 1998, que regulamenta o parágrafo único do art. 27 da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 (código florestal), mediante o estabelecimento de normas de precaução relativas ao emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais.
A lei diz que é permitido apenas o emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante queima controlada, como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais, e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos, com prévia autorização, a ser obtida pelo interessado junto ao órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sismana), com atuação na área onde se realizará a operação. Já o emprego do fogo nas florestas e demais formas de vegetação, é proibido, de acordo com o bombeiro.
