O Ministério da Saúde recentemente incorporou a nova vacina contra a dengue ao Programa Nacional de Imunizações, marcando um avanço no combate à doença. A expectativa é de que a vacina esteja disponível em todo o Brasil, conforme anunciado pelo órgão. Contudo, a aplicação em larga escala ainda não está prevista, pois o laboratório japonês Takeda Pharma, responsável pela fabricação, indicou uma capacidade limitada para a produção de doses.
Inicialmente, a distribuição das doses será priorizada em regiões com maior incidência de casos de dengue, com a imunização começando por grupos prioritários ainda não definidos. A previsão é de que mais de 5 milhões de doses sejam entregues entre fevereiro e novembro deste ano, visando vacinar cerca de 3 milhões de pessoas. O esquema de imunização compreende duas aplicações, com um intervalo de três meses entre elas.
A vacina Qdenga demonstrou uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue, reduzindo em 90% o risco de hospitalizações. Além disso, oferece proteção contra todos os quatro sorotipos da doença, de acordo com estudos clínicos. A faixa etária para receber a vacina abrange pessoas de 1 a 60 anos.
Três Lagoas registrou um aumento de 371% nos casos em 2023, em comparação com o ano anterior, totalizando 4.645 diagnósticos positivos. A cidade liderou o estado de Mato Grosso do Sul em número de mortes relacionadas à dengue, superando até mesmo a capital Campo Grande, com 7 óbitos.
Dourados, localizado a 464 km de Três Lagoas, foi o primeiro município do Brasil a implementar a vacina Qdenga pela rede pública de saúde. O município estabeleceu uma parceria com o laboratório fabricante para a distribuição das doses.
Até o momento, em Três Lagoas, a vacina contra a dengue está disponível apenas em laboratórios privados, com custos variando entre R$ 880 e R$ 1140 para o esquema completo.
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