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Vacinação contra HPV está em baixa em Três Lagoas

Campanha "Novembrinho Azul" tem como foco principal a vacinação contra o vírus do HPV em meninos de 9 a 14 anos de idade

O imunizante é a principal forma de proteção contra o vírus HPV - Divulgação/Agência Brasil
O imunizante é a principal forma de proteção contra o vírus HPV - Divulgação/Agência Brasil

A campanha “Novembrinho Azul” é uma novidade que será adotada em todos os órgãos públicos de saúde no ano de 2023, e se inicia na próxima quarta-feira (1). Originalmente, o mês era voltado apenas para o câncer de próstata em homens adultos, mas agora a ação também irá abranger o público infanto-juvenil no compartilhamento de informações e conscientização sobre o papilomavírus humano (HPV).

A nova medida foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em Três Lagoas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a cobertura vacinal está em baixa. Apenas 30,66% das crianças e adolescentes estão com a imunização completa, o que representa um total de apenas 837 vacinados. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 80%. 

O HPV é um dos vírus mais comuns do mundo. Existem mais de 100 tipos diferentes deste mesmo agente, que são transmitidos através do contato sexual desprotegido. A infecção pode causar sintomas que são visíveis, ou não. O vírus pode se manifestar através de verrugas nos órgãos genitais e, em casos mais graves, causar diversos tipos de câncer, como o de boca, língua, garganta, ânus e pênis.

A principal forma de prevenção é através da imunização, que está disponível através do SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, 11 meses e 30 dias, de ambos os sexos. Para este público, o esquema vacinal é de duas doses, sendo a segunda aplicada no intervalo de seis meses após a primeira. Pessoas que sofreram violência sexual, imunossuprimidos, portadores de HIV/AIDS ou transplantadas também fazem parte do grupo prioritário da vacina.

A coordenadora do Setor de Imunização, Humberta Azambuja, explica a importância dos jovens fazerem parte do grupo prioritário da vacina. “O ideal é que quando o indivíduo tenha o seu primeiro contato sexual, ele já esteja protegido. É importante que a sua imunidade já esteja ativa contra aquele vírus específico, pois, uma vez que a pessoa tenha contato com este agente, e só depois se vacinar, já não vai ter tanta eficácia, apesar de ainda manter a proteção.”

A campanha estará ativa nas unidades básicas de saúde (UBS) de todo o município. Pais ou responsáveis devem acompanhar os menores de idade durante o ato de imunização.