Veículos de Comunicação

Comorbidade

Vacinação em crianças entre seis meses e dois anos de idade tem baixa procura

Secretaria de Saúde reforça a imunização e define cronograma para abertura de frascos de vacinas nas unidades

Pais e responsáveis precisam ficar atentos às datas de vacinas. - Reprodução/TVC
Pais e responsáveis precisam ficar atentos às datas de vacinas. - Reprodução/TVC

A adesão à campanha de vacinação contra Covid-19 em crianças que tenham entre seis meses e dois anos de idade segue lenta, em Três Lagoas. O imunizante Pfizer-BioNTech Baby começou a ser aplicado nas unidades de saúde do município, em crianças com comorbidade – imunossuprimidos e com deficiência permanente – ou indígenas, no dia 22 de novembro. Apenas 31 crianças desse público foram vacinadas até o momento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Três Lagoas tem mais de 3,5 mil crianças nessa faixa etária.

Para funcionários das unidades de saúde e pediatras, um dos motivos da baixa vacinação foi a necessidade de agendamento. Isso porque após abertura do frasco, os imunizantes possuem prazo curto de validade, sendo a Pfizer de seis horas e a Coronavac de oito horas. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde definiu um cronograma para atendimento nos postos, com uma escala de abertura dessas vacinas por dia, em cada local. “Nós estamos desde novembro com esse cronograma vacinal para otimizar o atendimento no município. Nós também tivemos um déficit de três semanas sem receber do Governo do Estado doses da vacina Coronavac e, por isso, definimos pelo cronograma para atender o público-alvo, já que cada frasco desse imunizante tem dez doses e dura apenas oito horas. Então, se usarmos e não atendermos dez crianças, vamos sofrer uma falta de doses no final do mês”, explicou a coordenadora do Setor de Imunização, Humberta Azambuja. 

FASES
O esquema de vacinação primário será composto por três doses, sendo a D1 e D2 aplicadas com um intervalo de 4 semanas entre uma dose e outra dose. A 3ª  dose depois de 8 semanas, após a administração da segunda dose.

COMORBIDADES
A criança deve apresentar laudo que comprove a condição. Na lista de comorbidade estão: diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, Hipertensão Arterial Resistente (HAR), Hipertensão arterial estágio 3, hipertensão arterial estágios 1 e 2, com lesão em órgão-alvo, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal crônica, imunocomprometidos, hemoglobinopatias graves, obesidade mórbida, Síndrome de Down e Cirrose Hepática.

LEVANTAMENTO
Na Coronavac para crianças entre 5 a 11 anos, a expectativa é de vacinar 12.867 crianças, sendo que do total, apenas 8.227 tomaram a primeira dose, representando 64%. O número cai mais da metade quando falamos da segunda dose: apenas 3.967 foram receber o imunizante, representando 30% do total esperado. Já a Coronavac para crianças de 3 a 5 anos está disponível desde julho e a expectativa era de vacinar mais 3.750 crianças. Porém, para a primeira dose, foram vacinadas apenas 764 crianças, 20% do esperado e apenas 318 compareceram para tomar a segunda dose, representando menos de 9% do total.

Confira a reportagem abaixo: