A vereadora Marisa Rocha deverá ser ouvida pela Polícia Civil dentro de dez dias. A previsão é do delegado Ailton Pereira de Freiras, responsável pelo caso que investiga a apreensão de 200 quilos de maconha realizada no começo dessa semana.
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Em coletiva à imprensa realizada na manhã de ontem, Freitas e o delegado Regional Vitor José Fernandes Lopes, informaram que a Polícia Civil ainda precisa ouvir mais testemunhas, fazer novas buscas e aguardar laudos técnicos antes de intimá-la. Entretanto, esclareceram que, até o momento, não há nada que ligue a vereadora à apreensão. “Até agora não temos indícios ou elementos concretos que comprovem a participação da vereadora. Não podemos afirmar que ela está envolvida no caso”, enfatizou Lopes.
SUSPEITOS
Os delegados apresentaram os nomes dos dois suspeitos que conseguiram fugir quando na operação da Polícia Militar. Eles foram apontados como sendo Jurandir de Jesus Olímpio e Ludson Leonardo Mendes, que estariam morando no local, embora apenas um trabalhasse no rancho como diarista, segundo informou a vereadora em uma coletiva realizada no dia anterior. A polícia ainda não sabe qual deles trabalhava no local.
Ludson, completou o delegado Vitor Lopes, tem passagens pela polícia por tentativa de roubo, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Ele também estaria foragido do semiaberto. Já o segundo suspeito não tem antecedentes criminais. O delegado Ailton informou que as investigações indicam que os dois continuam naquela região de ranchos, escondidos na mata, e que a polícia segue na tentativa de prendê-los.
O CASO
A investigação da Polícia Civil teve início depois de um trabalho preliminar do Serviço de Inteligência da PM, que resultou na apreensão de 192 quilos de maconha em um rancho situado às margens do rio Paraná na tarde de segunda-feira, que seria de propriedade da vereadora, ou da família dela. Na ocasião, duas pessoas foram presas, Rubens Conceição de Oliveira, 33 anos, e Rafael Barbosa Gedro, 20 anos. Aos policiais militares, um deles teria confessado ter comprado a droga em Campo Grande, por R$ 36 mil, para revendê-la. No momento da operação, o grupo preparava cerca de 50 quilos que seriam levados para a Araçatuba (SP). A travessia pelo rio Paraná seria feita em um barco, que estava na propriedade. Entretanto, já na delegacia, os dois optaram pelo direito de permanecerem calados.
“Por ser a dona do imóvel, ela [vereadora] é investigada.Porém, não posso, nesse momento, dizer se é culpada ou inocente. Se está envolvida ou não, se sabia ou não sabia. Isso só será respondido ao final das investigações. Se colhermos elementos de prova contra ela, será punida. Caso contrário, esses quatro suspeitos certamente o serão”, finalizou.
Em coletiva à imprensa realizada no dia anterior, a vereadora Marisa Rocha informou que não há nada de ilícito envolvendo ela ou a sua família. Ela afirmou ainda que coloca, à disposição da polícia, seus sigilos bancários e telefônicos e que aguarda ser chamada para esclarecer os fatos. (Com a colaboração de Maria Do Carmo, da TV Concórdia).
