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Vereadora não declara todos os bens, mas cobra moralidade, diz vereador

Vereadora Sayuri Baez - Reprodução
Vereadora Sayuri Baez - Reprodução

EMBATE

A sessão desta terça-feira (16), na Câmara de Vereadores de Três Lagoas, foi marcada por mais um embate político entre os vereadores Antônio Empeke Júnior, o Tonhão, e a vereadora Sayuri Baez. Não é de hoje que a vereadora ataca os colegas durante uso da tribuna. Alegando não suportar mais os ataques e falta de respeito da parlamentar, na semana passada Tonhão usou a tribuna para se defender e, segundo ele, mostrar que a parlamentar não é o que prega.

DECLARAÇÃO

Tudo começou quando Sayuri disse  que alguns vereadores e o prefeito teriam que tomar vergonha na cara. Isso foi o estopim para que Tonhão usasse a tribuna para dizer que Sayuri não tem nenhuma moral para mandar alguém tomar vergonha na cara. Ainda segundo Tonhão, apenas quem poderia dizer isso, seria os pais dele, por respeito. Cansado de ser atacado, Tonhão mostrou documentos comprovando que a vereadora não declarou para a Justiça os bens que possui, como por exemplo, um imóvel na avenida Filinto Muller.

CANDIDATA POBRE

Pelas declarações feitas à Justiça Eleitoral para sair candidata a vereadora, os candidatos precisam declarar todos os bens e seus valores. Na ocasião, Sayuri declarou ter dois terrenos, uma loja e um veículo, totalizando R$ 39.600 em bens. Mas conforme Tonhão, os bens da vereadora ultrapassam isso, como ela mesmo, segundo ele, já disse ser dona de lojas no shopping e gerar vários empregos. Mas, conforme a declaração, nem mesmo o estabelecimento comercial dela na avenida Filinto Muller consta na declaração.

SEM MORAL

 Para Tonhão, Sayuri não teria moral para cobrar prestação de contas e transparência de ninguém, se nem mesmo ela faz isso.

ESCLARECEU

Na sessão desta terça-feira (16), Sayuri usou a tribuna para se defender dos ataques, segundo ela, sofridos por Tonhão na sessão da semana passada. Segundo a vereadora, ela é uma empresária bem sucedida e trabalha desde os 8 anos. E tudo que ela tem, conquistou com o suor do próprio trabalho. Segundo Sayuri, ela não faz ataque pessoal, mas sim em relação a gestão pública. E adiantou que se continuarem atacando a sua pessoa, “vai sobrar”.D

DECEPÇÃO

Ao se defender novamente nesta sessão de terça-feira, Tonhão disse que Sayuri foi a maior decepção na vida pública que ele teve. Segundo Tonhão, o respeito que a vereadora tanto prega na tribuna, não prega na prática. “Olha a conduta de vossa excelência nesses dois últimos anos, a forma que a senhora trata os demais parlamentares, a forma como a senhora se dirige aos demais parlamentares. A forma que a senhora trata a gente é sempre de forma vulgar, sempre humilhando ou destratando. Não foi só na semana passada que a senhora falou para a gente tomar vergonha na cara. Em outras situações, a senhora já falou bandidos, safados… A senhora não mede as palavras. Chega uma hora que a gente não aguenta. Eu não gosto de entrar em questão de família”, declarou Tonhão.

MORALIDADE

Ainda na tribuna, mais uma vez, Tonhão foi além, e disse que a vereadora prega tanto transparência e moralidade, mas na prática não cumpre. Disse que não tem nada a ver com os bens da vereadora, pois gostaria que ela tivesse muito mais, porém destacou que existem conflitos na declaração de Sayuri, e que isso deve ser verificado pela Receita Federal e prefeitura. No entanto, reforçou que diante da situação, a vereadora não tem nenhuma moral para cobrar transparência e moralidade.