Após divulgação pelo Jornal do Povo da demolição do prédio da antiga escola do Sesi em Três Lagoas, o assunto ganhou repercussão, inclusive na Câmara Municipal
O assunto foi abordado pela vereadora Marisa Rocha, que usou a tribuna do Legislativo para dizer que é contra a demolição do prédio. A parlamentar solicitou a criação de uma comissão de vereadores para acompanhar esse assunto.
O prédio da antiga escola do Sesi, localizado na avenida Eloy Chaves, no bairro vila nova, tem salas de administração, de aulas, laboratórios, auditório, academia e vestiário, piscinas adulto e infantil, tanque de areia, quadras cobertas e poliesportivas, de areia, caixa d’água e poço semiartesiano.
Segundo a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), entidade gestora do Sesi no Estado, a estrutura do imóvel está precária, inclusive, não dispõe nem de energia elétrica. A ocupação do prédio veio à tona na semana passada, quando a Secretaria Estadual de Educação tentou alugar o imóvel para abrigar, provisoriamente, os alunos da escola estadual Fernando Corrêa, que está em reforma. A reposta foi de que não seria possível, pois o imóvel deve ser demolido, o que foi confirmado à reportagem pela assessoria da Fiems.
O imóvel de 10 mil m², avaliado em R$ 6,1 milhões, quase foi para leilão em 2018, o que acabou não acontecendo. Antes mesmo de assumir a prefeitura, em 2016, o prefeito Ângelo Guerreiro iniciou negociação com a Fiems para cedência do imóvel ao município. Foi cogitada, inclusive, a instalação da prefeitura no prédio, que passaria por adaptações para abrigar as repartições públicas. No entanto, a federação descartou a negociação.
Assim que o imóvel foi colocado à leilão, a prefeitura de Três Lagoas entrou com pedido de suspensão do edital, com base numa lei municipal de 1968, que desapropriou a área para construção da escola. segundo a prefeitura, a lei proíbe a venda ou o repasse da área.
Após isso, a Fiems chegou a divulgar que o imóvel poderia abrigar uma unidade de educação para atender crianças que frequentam a educação infantil, mas o projeto ainda não avançou até hoje.
A vereadora Marisa Rocha diz que é preciso analisar a possibilidade de desapropriação do imóvel. Ela entende que muitos projetos poderiam funcionar no local, por exemplo, a escola da Apae.
O presidente da Câmara, Cassiano Maia, disse que o município não pode fazer a desapropriação, já que foi quem cedeu o imóvel para a Fiems construir a escola do Sesi.
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