Os três assassinatos ocorridos, em Três Lagoas, em setembro de 2022, podem estar ligados com crimes de violências doméstica e sexual, segundo apurou o Jornal do Povo. As vítimas foram mortas pelo conhecido “Tribunal do Crime”, formado por integrantes de uma facção criminosa. A motivação para os homicídios seria o envolvendo dos três homens em agressões contra mulheres. As informações fazem parte de depoimentos de testemunhas, nos inquéritos instaurados pela Polícia Civil e que resultaram em uma mega operação, nesta semana, levando 26 pessoas presas em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Ceará.
O delegado da Seção de Investigações Gerais (SIG), Ricardo Cavagna, pontuou que vítimas não tinham antecedentes criminais, mas de alguma forma tinham envolvimento com o grupo criminoso. “Recebemos diversas informações, cogitações sobre esses supostos atos dos três homens contra mulheres. Porém, ainda não foi comprovada a questão da violência sexual. Em um dos casos, o que houve foi violência doméstica”, disse.
HOMICÍDIOS
As investigações são decorrentes das mortes de Carlos Augusto Machado, de 32 anos, Pablo Cristian Azambuja, 30 anos, Elias Ribeiro, 29 anos. De acordo com a Polícia Civil, O corpo de Augusto foi encontrado às margens da BR-158, com as mãos e os pés amarrados, no dia 15 de setembro de 2022. Peritos da Polícia Civil identificaram duas perfurações na cabeça realizadas por disparo de arma de fogo. No dia 24 de setembro, o corpo de Pablo foi localizado na região conhecida como Cascalheira, às margens do Rio Paraná, parcialmente carbonizado e também com as mãos amarradas. No dia seguinte, os policiais encontraram o corpo de Elias, que também estava com perfurações e parcialmente carbonizado.
OPERAÇÃO
Residências nos bairros Vila Piloto, Novo Oeste, Interlagos e regiões mais periféricas foram os alvos da operação “Sepulcro”, da Polícia Civil. A ação ocorreu simultaneamente em Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, e ainda no município de Andradina (SP) e, em Fortaleza (CE). Foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão, nas ruas e em presídios dessas cidades.
A operação contou com uma aeronave da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que sobrevoou vários bairros, como forma de apoio às equipes policiais.