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Vítimas de violência doméstica têm atendimento jurídico e psicossocial

Centro de Referência Especializado de Assistência Social atendeu 72 mulheres vítimas de agressão só neste ano

Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Três Lagoas - Arquivo/JP
Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Três Lagoas - Arquivo/JP

Antes, a violência contra a mulher era uma espécie de doença silenciosa da sociedade. A diferença é que, agora, elas estão denunciando mais porque têm apoio de delegacias especializadas e de centros de atendimento. É o caso do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Três Lagoas, que atendeu 72 mulheres vítimas de agressão, entre janeiro e julho deste ano. 

O número é quase a metade do ano anterior, quando 150 mulheres receberam o atendimento. “Essas mulheres chegam aqui debilitadas, com baixa estima, sensíveis, buscando de alguma forma se fortalecer. E oferecemos atendimentos social, psicológico e jurídico”, frisou a assistente social Sheila Regina dos Santos, que trabalha no Creas, localizado no bairro Santo André. 

Ela explica que as mulheres vítimas de violência doméstica normalmente são encaminhadas para a instituição pela delegacia ou Justiça. Porém, as pessoas também podem recorrer diretamente ao Creas em busca de ajuda e, até o momento, 15 mulheres foram cadastradas de forma espontânea para os atendimentos. Na unidade, há quatro assistentes sociais e quatro psicólogos, o que  não é suficiente para atender a demanda. 

Isso porque o acompanhamento é feito por um período de seis meses, mas muitos casos chegam a durar de um a dois anos. A assistente social aponta que as mulheres entre as idades de 36 a 45 anos são as que mais registraram ocorrência deste tipo. As da faixa etária de 26 a 35 anos também ganham destaque entre as vítimas de violência.