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Editorial

Volta à normalidade, mas, nem tanto

Leia o Editorial do Jornal do Povo deste sábado (18)

Leia o Editorial do Jornal do Povo deste sábado (18) - Arquivo/JP
Leia o Editorial do Jornal do Povo deste sábado (18) - Arquivo/JP

Na medida em que avançam os números de pessoas vacinadas contra o Covid-19, baixam os índices de contaminação e mortalidade. Entretanto, nos dias de hoje as estatísticas de infectados apontam que os contagiados são aqueles que exatamente, em sua maioria, não estão vacinados, seja porque não acreditam nos seus efeitos, ou porque embarcaram no falso discurso negacionista, que além de desinformar põe em risco a vida dos menos avisados ou incrédulos que acham que não correm o risco de contágio do vírus. O fato é que se tivéssemos promovido a vacinação em massa, não teríamos chegado ao estratosférico número de mais de 607 mil mortes no país.

E muitas famílias não estariam enlutadas, chorando a dor dos que partiram. Alguém haverá de dizer que todos têm dia e hora para partir, mas se pudermos alongar essa circunstância com medidas e cuidados que a ciência oferece, é certo que se prolongará a vida. A ciência há de nos colocar sempre a salvo à medida que evolui e é bem aplicada. O Brasil sempre demonstrou alta eficiência ao deflagrar campanhas de vacinação em massa ao longo das últimas décadas. Várias doenças foram erradicas. Entre elas, a poliomielite, o sarampo, malária, só para exemplificar, além de reduzir a incidência de muitas outras. A vacina se não deixa totalmente imune, pelo menos contribui em muito para atenuar os efeitos e consequências que podem levar a óbito. Com o tumulto instalado no Ministério da Saúde até a vacina da gripe não alcançou os índices que devem ser atingidos como se registrou nos últimos anos.

E como consequência, estamos verificando que nos grandes centros urbanos do país um crescente o número de pessoas contaminadas pela gripe H1N1, a influenza e outras cepas. A grande advertência que fazem as autoridades sanitárias é de a gripe, se não for cuidada como deve, poderá levar o portador a óbito. Enfim, todos, estamos advertidos de que devemos levar à sério a vacinação periódica a qual devemos estar submetidos.

O que não podemos é relaxar os cuidados que devemos adotar, inclusive, como a vacinação, além da habitualidade em lavar as mãos, usar máscaras, não se aglomerar em lugares fechados, entre outras medidas, porque ainda não estamos livres da pandemia que não está totalmente debelada. Todos, queremos voltar à normalidade, reunir, confraternizar, principalmente nas festas de fim de ano. 

Quem não quer voltar a ser o que sempre foi e colocar em prática os antigos costumes de convivência coletiva? Infelizmente, parece que esse tempo não voltará na plenitude como era. Portanto, só nos resta observar as recomendações que são feitas diariamente por especialistas através da imprensa escrita, falada e televisada, inclusive nas redes sociais. Vamos vacinar para voltar à normalidade.