Teve um tempo em que fumar era considerado cool e as propagandas de tabaco vinham regadas à muito felicidade e sex symbol. Bem, isso ficou lááá atrás (ainda bem). Depois de alguns anos em ascensão, a popularidade do cigarro tem encarado uma queda. De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado no início de 2019, mais de 90% dos brasileiros não têm hábito de fumar – o número caiu de 15,6% da população em 2006 para 9,3% em 2018.
Mesmo assim, ainda precisamos falar sobre o assunto. O motivo? O tabagismo continua sendo a principal causa de morte evitável em todo o mundo, gerador de 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis, de acordo com número da Organização Mundial de Saíde (OMS). Isso quer dizer que o cigarro é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral).
É por isso que, neste 29 de agosto, em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, conversamos com o naturopata e acupunturista Daniel Alan Costa, especialista em Bases de Medicina Integrativa do Albert Einstein, para reunir dicas para você largar o cigarro de vez. Até porque, força de vontade é fundamental, assim como beber bastante água, praticar exercícios e se manter afastado de pessoas enquanto fumam, mas nem sempre isso basta. "Ansiedade, hábito e dependência química são dificuldades relatadas por quem quer parar. Por isso o auxílio de terapias integrativas”, explica ele. Quer saber mais sobre elas? A gente explica!
1. Auriculoterapia: para aliviar os sintomas
Essa terapia faz parte da medicina tradicional chinesa e segue seus princípios. Consiste em estimular específicos pontos da orelha para tratar problemas de determinado órgão."Trata-se de um microssistema, ou seja, na orelha há a representação do corpo com todas as suas estruturas e isto permite o tratamento tanto de aspectos físicos como emocionais", explica Daniel. No caso do tabagismo, o profissional avalia as necessidades do paciente em relação a ansiedade e dependência química para aliviar sintomas e auxiliar no processo de combate ao fumo.
2. Florais de Bach: para combater o vício
Quando o assunto é vício, as terapias vibracionais os interpretam como uma tentativa de preencher um vazio. Tanto que o criador dos Florais, Dr. Edward Bach, acreditava que por trás de cada sintoma ou comportamento desajustado existir algum sofrimento. "O terapeuta floral estará atento justamente atrás deste sofrimento, do gatilho disparado para que o indivíduo não consiga vencer a compulsão. Uma vez identificada a causa real, teremos como solução um floral que irá transformar este sofrimento e consequentemente livrar o indivíduo da compulsão e vício, seja ela qual for, inclusive o cigarro."
3. Fitoterapia: para desintoxicar
De acordo com o especialista, é comum que fumantes (ainda mais os que fumam há muito tempo), tenham adquirido intoxicações e processos microinflamatórios por conta do cigarro. Nesse caso, alguns medicamentos fitoterápicos podem auxiliar no detox do organismo, como dente-de-leão, pariparoba e pulmonária. "Também contamos com a ajuda de fitoterápicos que são excelentes anti-inflamatórios, como a cúrcuma longa, que aumenta o sistema imunológico. E ainda é possível agirmos pontualmente sobre os sintomas de abstinência, como ansiedade e irritabilidade, utilizando plantas com efeito calmante como a passiflora, camomila ou mulungu", detalha o naturopata.
4. Aromaterapia: para acalmar
Assim como os fitoterápicos, os óleos essenciais também são derivados das plantas e podem ser bons aliados no processo de largar o cigarro de vez, ainda mais porque são mais concentrados e também mais práticos de usar. "Lavanda, cedro, hortelã, patchouli, olíbano e mirra são alguns dos óleos essenciais que podem promover ações sobre o humor, a ansiedade, o rendimento mental e ainda causam uma desintoxicação", afirma Daniel. Eles podem ser usados em um aromatizador pessoal, em casa, no trabalho ou até durante um banho relaxante.