Cada vez mais as mulheres dominam o cenário do design brasileiro. Conheça sete profissionais talentosas que esbanjam criatividade em peças funcionais e exclusivas. (mdemulher)
Ana Neute
Em 2012, a paulistana montou uma oficina nos fundos da casa da avó para criar luminárias. Hoje Ana Neute, 32 anos, conta com o apoio da Itens Collections na produção das peças e se dedica exclusivamente ao processo criativo, desenvolvendo combinações de metais, vidro e madeira. “Coleciono pedras, conchas e folhas. Todo dia tiro um tempo para observá-las. As formas, cores e texturas me inspiram.”
Carolina Peraça
Após estudar técnicas de cerâmica em Londres, a gaúcha Carolina, 30 anos, decidiu abrir o próprio estúdio. Desde 2014, combina couro, cobre, ouro e latão à cerâmica de alta temperatura. A motivação para criar vem dos formatos de objetos que encontra em viagens e da arquitetura de cada lugar. “Tudo ao redor pode ser o gatilho que leva a uma coleção.”
DaDa
O imperfeito e o desregrado guiam a DaDa, marca comandada pelas sócias Florence Dagostini (à direita na foto), 38 anos, e Ana Conrado, 33. A dupla aplica técnicas gráficas ao design têxtil, criando peças de tricô cheias de elementos abstratos e geométricos. “A DaDa veio da vontade de trabalhar com o acaso, com o assimétrico”, conta Florence. Ana completa: “Uma grande inspiração é não ter regras para criar; poder sentar e fazer do erro um acerto.”
Yankatu
Depois de anos dedicados ao design de interiores, Maria Fernanda Paes de Barros, 49 anos, escolheu mergulhar na história de artesãos brasileiros e das comunidades onde moram. “A vida das pessoas é fascinante”, diz. Desse aprendizado nasceu, em 2013, a Yankatu. Suas peças são feitas de madeira maciça, palha de tucumã, pedra-sabão, cerâmica do Vale do Jequitinhonha e até papel crepom. “Com tamanha variedade, sinto que estou me reinventando sempre.”
Noni
A ceramista Fernanda Giaccio, 30 anos, lançou a Noni em 2014, depois de aprender o ofício em outros ateliês. “As argilas e os esmaltes oferecem infinitas possibilidades em suas combinações. Poder manipular tudo isso para transformar em um produto final único se torna uma fonte eterna de inspiração”, descreve a paulista.
Mel Kawahara
Descendente de japoneses, a paulista Mel, 31 anos, começou a experimentar o efeito causado pelas dobras no papel em 2013. Quatro anos depois, lançou sua marca de luminárias usando outros materiais. “Entendi que o papel tem suas limitações, pode rasgar, é permeável e mais delicado. Acabei encontrando o filme de polipropileno, que transmite a leveza do papel, mas tem maior durabilidade e praticidade.”
Nicole Tomazi
Em 2007, uma viagem a Buenos Aires acendeu uma luz na cabeça da gaúcha, hoje com 37 anos. Foi assim que ela decidiu se voltar à produção artesanal. “Resgatei o talento e a dedicação ao trabalho manual, arte tão presente na minha família”, conta. Nicole começou com fios e tramas; depois incluiu outros materiais, como a palha de trigo, usada na coleção Genius Loci (à esquerda), de 2018.