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Alergia alimentar

Seu filho pode ter, e precisar de tratamento específico para combater reações

Alergia alimentar

Três em cada 100 crianças brasileiras possuem algum tipo de alergia alimentar. O número pode até parecer baixo – não para a medicina! O dado acende sinal de alerta entre os pediatras. Principalmente devido às reações.

Mas, afinal, o que é alergia alimentar? De acordo com a pediatra e especialista em alergia e imunologia, Patrícia Aparecida de Matos Fidelis, a alergia é o resultado de reações imunológicas por ingestão de proteínas alimentares em indivíduos sensíveis principalmente a ovo, leite de vaca, trigo e soja. Juntos, eles são responsáveis por 90% dos casos.

“Mesmo uma pequena quantidade do alimento que causa alergia em algumas pessoas pode desencadear sinais e sintomas, que costumam variar de gravidade. Em alguns casos, a alergia alimentar pode causar sintomas graves ou até mesmo uma reação com risco de vida – conhecida como anafilaxia”, explica.

As alergias alimentares se baseiam em três tipos de manifestações, segundo a especialista. A primeira, chamada de imediata, ocorre até duas horas após a pessoa comer o alimento. Entre os efeitos estão a urticária (irritação da pela), angioedema (é o fenômeno das urticárias, porém mais profundo quando afeta boca, língua, mãos e pés), hipersensibilidade gastrointestinal imediata, síndrome oral alérgica e anafilaxia. A segunda manifestação é a do tipo tardia e surge horas após ingerir o alimento. Pode ocasionar diarreia, dores na barriga e assaduras. O terceiro grupo envolve todas as características, acrescentada de gastrite. Alguns pacientes têm vômito, dores na barriga e diarreia.

“Alergia alimentar é responsável por 50% dos casos de anafilaxia, que é a forma mais grave da alergia, com hipotensão, disritmia cardíaca e comprometimento respiratório. A asma é extremamente rara como uma manifestação isolada da alergia alimentar, mas quando aparece, chega acompanhada de complicações gastrointestinais”, informa.

Como saber se meu filho é alérgico?

Há dois tipos de testes: o da pele e o da dieta de exclusão. Os testes cutâneos, isoladamente, não confirmam o diagnóstico de alergia alimentar. Eles apenas detectam a presença de anticorpos específicos para os alimentos testados, demonstrando sensibilização. Devem ser testados apenas os alimentos suspeitos.

A dieta da exclusão, diante da análise do histórico médico do paciente e de exame físico sugestivos de alergia alimentar, deve ser realizada dieta de exclusão do alimento suspeito, quando identificado. Após duas a seis semanas de exclusão daquele alimento suspeito, os sintomas podem ou não desaparecer.

Tratamento

O único tratamento comprovadamente eficaz para uma alergia assim é evitar o alimento desencadeador da reação.

Se a pessoa apresenta sintomas em apenas uma região do corpo (por exemplo, uma urticária no queixo após comer o alimento específico), talvez ela não precise de tratamento, porque, neste caso, os sintomas provavelmente desaparecerão em pouco tempo. Anti-histamínicos podem ajudar a aliviar o desconforto e pomadas suaves podem oferecer alívio aos sintomas.

Patrícia Aparecida de Matos Fidelis
Pediatra – Alergia e Imunologia CRM 9482
Clínica Sermedi
Rua Bruno Garcia, 2336 – Bairro Colinos
Três Lagoas – (67) 3521-5062