O mundo mágico de Harry Potter e a indústria do cinema tem algo em comum: tudo é mágica. O que diferencia os dois é que nos filmes a magia se torna um pouquinho mais complexa de se fazer acontecer. Durante as produções da franquia de sucesso adaptada dos livros de J.K Rolling, uma cena específica deixou o próprio Harry Potter e todo o elenco do filme de cabelos em pé, por precisarem fazer 95 takes da mesmíssima cena.
A cena em questão se passa em 'Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1'. Determinados a protegerem Potter das ameaças malignas, os outros bruxos se reúnem para levá-lo de maneira segura até a toca dos Weasley. O jeito que os jovens encontraram de escudar Harry durante o percurso foi, surpreendentemente, tornando-se cópias dele através da Poção Polissuco. É nesse momento que a icônica cena dos 'Sete Harrys' acontece.
"Basicamente você tem uma câmera com controle de movimento e é programada por computador para que faça os mesmos movimentos a cada take. Nós gravávamos uma versão de mim como um dos personagens e aí gravávamos outra cena comigo como outro personagem. E eram coisas muito específicas, então se você se movesse um centímetro a mais para o lado, [o take] era descartado, porque aí, em teoria, eu estaria esbarrando em outra versão de mim",explicou Daniel Radcliffe, o intérprete de Harry, em uma entrevista que revisitou o curioso momento.
Em adição às câmeras oficiais, outras 30 câmeras de apoio foram utilizadas, além de técnicas evoluídas de maquiagem ultravioleta para capturar as expressões dos atores, que seriam combinadas ao rosto de Radcliffe na pós-produção. A decisão de misturar as expressões faciais dos atores foi para manter o efeito do Polissuco ainda mais real — uma vez que a poção é uma espécie de 'copiador', que consegue fazer quem a ingeriu se transformar em quem quer que seja.