No final da década de 1980 e após mais de 20 anos como diretor, redator e até entregador de exemplares do Jornal do Povo, o advogado Stênio Congro decidiu se afastar.
E afastou-se da redação. Mas, não do acompanhamento permanente das edições do jornal. Até o dia em que disse sentencialmente ao filho Rosário Congro Neto: “dê ao jornal a destinação que entender melhor. Assuma a direção”.
Na época, Rosário já era advogado, tinha sido vereador em Três Lagoas e deputado federal constituinte. Também foi secretário estadual de Desenvolvimento Social de Mato Grosso do Sul. Muito ligado ao pai e desde menino circulando pela redação e oficina do Jornal do Povo, assumiu o comando da empresa porque a atividade do jornalismo já circulava por suas veias.
Pouco tempo depois, o Jornal do Povo adquiriu sua primeira impressora do sistema offset e uma gravadora eletrônica de chapas de alumínio. Era o primeiro passo de um projeto de profissionalização que somava-se à independência editorial do jornal.
Mais adiante, a redação do JP foi entregue ao jornalista Fuad Atala, que regressava a Três Lagoas por questões familiares depois de passar por jornais como O Globo, Última Hora e Jornal do Commercio, além das revistas Manchete e Seleções, no Rio de Janeiro.
Atala iniciou um processo de modernização editorial e de diagramação que começava a ser desenvolvidas por meio de computador, com aplicação do software Page Maker, adquirido nos Estados Unidos. Era o fim dos antigos sistemas de produção e impressão, tipográfico e de linotipos, e a entrada na era da informática.
Depois de Atala, que retornou ao Rio, o Jornal do Povo teve outros editores de destaque em Mato Grosso do Sul. Prosseguiu com o projeto de profissionalização de suas equipes de jornalismo, comercial e de marketing.
Atualmente, embora sinta os efeitos da evolução tecnológica e do uso da internet, que tornou a notícia mais ágil e praticamente instantânea, o JP desfruta da credibilidade obtida desde os tempos de sua instalação, sendo Stênio Congro referência principal para isso. A produção de reportagens obedece aos critérios da confiabilidade e da veracidade para oferecer ao leitor um jornalismo dinâmico, responsável e completo a cada edição.