Durante o processamento das castanhas de caju, cerca de 40% acabam quebradas. “E, embora tenham a mesma composição da versão inteira, são subvalorizadas”, relata a engenheira de alimentos Janice Lima. Por isso, ela decidiu criar um óleo de cozinha com as oleaginosas avariadas, agregando, assim, valor ao tempero.
Desenvolvido nos laboratórios da Embrapa Agroindústria Tropical, o produto exibiu alto teor de gorduras do tipo insaturado, reconhecidas por promoverem benfeitorias ao coração. No teste de sabor, também fez bonito. “A aceitação foi muito boa”, relata Janice.
No dia a dia, ele seria indicado para regar saladas e finalizar pratos, porque, assim como o azeite de oliva, teria um preço mais elevado do que outros óleos.
Mas a chegada às prateleiras ainda deve demorar um pouco, já que agora serão feitos estudos para avaliar a viabilidade de produção em grande escala.
A prova do sabor
Em uma escala que vai até 9, veja a aceitação dos óleos à base de oleaginosas
Castanha de caju
Aroma – 6,82
Aceitação global – 7,28
Macadâmia
Aroma – 5,40
Aceitação global – 5,40
Noz
Aroma – 5,12
Aceitação global – 6,18
Castanha-do-Brasil
Aroma – 5,92
Aceitação global – 6,54