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Por que o filme ‘Capitã Marvel’ é tão importante

O filme da Marvel veio para revolucionar a indústria dos filmes de heróis e vale a pena conferir

Por que o filme ‘Capitã Marvel’ é tão importante

A Marvel é conhecida por seus heróis poderosos e interessantes. São filmes e mais filmes de uma mesma franquia, que se encontram em um certo ponto da narrativa, deixando os fãs muito empolgados. Desde Capitão América, até os X-Men, é muito fácil encontrar pessoas que conheçam pelo menos um dos personagens. (mdemulher)

No entanto, mesmo que tenha algumas mulheres fortes entre todos os heróis, como a Jean Grey, uma das protagonistas da franquia X-Men, ou a Viúva Negra, a única mulher entre os Vingadores originais, a grande maioria dos personagens do estúdio ainda é composta por homens. Nenhuma delas, por exemplo, já teve o próprio filme, como a Mulher Maravillha, da DC, estúdio concorrente da marca, tem.

Foi aí que Capitã Marvel veio para revolucionar todos esses fatos. Carol Danvers, a protagonista, já foi citada em um dos filmes dos Vingadores (em uma cena pós-créditos) e os fãs têm esperado pela chegada do longa ao Brasil desde então. E fomos assistir à pré-estreia desse que é um dos filmes mais esperados do ano.

QUEBRANDO ESTEREÓTIPOS

As expectativas já começaram altas, considerando que sou uma grande fã da Marvel, mas tudo só melhorou conforme a narrativa avançava. E por que o filme é tão importante? Em Capitã Marvel, a imagem do que é ser mulher e todos os estigmas que estão em torno das mulheres são deixados para trás.

Carol, na terra, é pilota da Força Aérea, uma das melhores de seu pelotão. Entretanto, como em qualquer história sobre mulheres que tentam ocupar seu espaço em meios majoritariamente masculinos, Danvers encontra muitos obstáculos, passando pelo machismo e pela misoginia. Durante uma parte das memórias da personagem, ela lembra de momentos em que caiu e foi ridicularizada por ser mulher e, portanto, fraca e sensível.

Capitã Marvel acabou não sendo apenas mais um filme de herói. Além de ser diferente de tudo que a Marvel já fez, discute assuntos importantes, como feminismo, família e confiança e, ainda mais, inverte os conceitos de certo e errado.

A força da protagonista se mostra logo no comecinho, quando já podemos ver que ela não será uma personagem feminina que precisa de ajuda para completar missões. Basicamente, ela demonstra que é forte e poderosa sozinha, que tem tudo que precisa e que sabe lutar como qualquer homem. Ou ainda melhor.

É claro que a maior parte do enredo conta uma história pop, típica de filmes de heróis, apresentando mais personagens da Marvel e alguns pontos de ficção científica. Mas as partes reflexivas são bem feitas e você realmente para um pouquinho para pensar em cada uma delas.

Segundo a própria diretora do filme, Anna Boden, foram essas características únicas e a independência de Carol que chamara atenção para a personagem. “É uma história sobre alguém que não é apenas poderoso, mas também muito complicado, interessante e humano”, disse.

UM FILME HUMANISTA

Anna descreve, ainda, o filme como feminista e humanista, já que a atriz principal, Brie Larson, é, por si própria, uma mulher forte, dinâmica e complexa e traz muitas dessas características para o papel. “Ela captura algo sobre o que significa ser uma mulher e ser uma mulher poderosa e, finalmente, o que significa ser humano”, acrescenta.

“Este filme é muito sobre uma mulher que aprende a se abraçar e a sua independência e tudo o que a torna quem ela é”, explica a diretora. “Carol aprende a encontrar seu poder a partir do momento que aceita e abraça todas as partes de seu verdadeiro eu.”

Mesmo assim, se você não entende nada do universo Marvel, mas ficou com vontade de assistir às aventuras de Carol, pode se jogar sem medo de ficar confusa. O filme tem, sim, referências de outros longas da franquia, explicando questões de outras histórias.

Mas, sozinho, Capitã Marvel é uma ótima escolha pra um final de semana. Você não ficará sem entender as cenas mais essenciais e ainda sentirá aquele friozinho na barriga no final.