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A Casa é Sua: 8 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Quadro 'A Casa é Sua' é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1

Quadro 'A Casa é Sua' é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1. - Foto: Reprodução/TVC
Quadro 'A Casa é Sua' é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1. - Foto: Reprodução/TVC

Nesta quinta-feira (8), o quadro "A Casa é Sua", do programa TVC Agora, falou sobre o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, com a nutricionista Pâmela Camargo. No Brasil, cerca de 4 em cada 10 adultos têm um nível alterado de colesterol e, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, esse número já ultrapassa os índices dos Estados Unidos.

O colesterol é uma substância gordurosa essencial para o funcionamento do corpo, presente em todas as células. Cerca de 70% é produzido pelo fígado, mas 30% do colesterol pode ser obtido através da alimentação, especialmente em produtos de origem animal como carnes, laticínios e ovos.

O colesterol desempenha diversas funções importantes, como a produção de hormônios, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam na digestão de gorduras. No entanto, o excesso de colesterol no sangue pode ser prejudicial, levando ao acúmulo nas artérias e aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto e derrame.

A nutricionista explica quando o colesterol é considerado alto. “Pensamos em um colesterol total acima de 200, o que já é algo a que devemos nos atentar. Um LDL, que é o chamado colesterol ruim, acima de 150 e o HDL, conhecido como colesterol bom, deve estar na média de 50 a 80. Ultrapassando esses valores, já é algo para se pensar que há algo errado acontecendo”.

O colesterol é transportado no sangue por lipoproteínas, que são classificadas em dois tipos principais:

LDL (lipoproteína de baixa densidade): conhecido como "colesterol ruim", pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas que estreitam ou bloqueiam o fluxo sanguíneo.

HDL (lipoproteína de alta densidade): conhecido como "colesterol bom", ajuda a remover o excesso de colesterol do sangue, transportando-o de volta ao fígado para ser eliminado.

De acordo com Pâmela, os sinais e sintomas de colesterol alto, quase 100% das vezes, não são percebidos, o que é o problema, pois o paciente geralmente não apresenta sintomas. “O fato de estar acima do peso e ter alguma alteração metabólica pode ser um sintoma, mas, teoricamente, pensar que sentiremos algo devido ao colesterol alto não é comum, e esse é o perigo”.

Ela explica sobre a alimentação quando se está com colesterol alto. “Antigamente, pensava-se muito em evitar ovos ou carne, reduzindo o consumo desses alimentos, mas o mais importante é reduzir os carboidratos e açúcares. Obviamente, alimentos de origem animal contêm uma quantidade maior de colesterol, mas o que vejo na minha prática clínica é que, quando o paciente vem com colesterol alto, ele tem um maior consumo de carboidratos e açúcares, principalmente refinados, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Não é necessário retirar a carne ou o ovo. Às vezes, vejo pessoas retirando a gema do ovo, mas o mais importante é retirar os carboidratos refinados e os açúcares”.

Para tratar a doença, primeiro é necessário identificar a causa. “Se for hormonal, é necessário procurar um endocrinologista, mas, independentemente da causa, sempre recomendo iniciar uma atividade física de pelo menos três a cinco vezes por semana, preferencialmente treinos aeróbicos, como caminhada ou corrida. Em relação à alimentação, é importante comer de forma saudável, com frutas, mas algumas fibras, como o psyllium, auxiliam mais na diminuição do colesterol. Eu utilizo muito o psyllium na clínica. Recomendo colocar no iogurte, na salada ou na fruta. Chia e linhaça também são interessantes, e eu também indico muito o chá verde, que é a Camellia sinensis, um fitoterápico que ajuda a melhorar o colesterol. Além de reduzir carboidratos, podemos incluir esses alimentos e atividades físicas”.

A partir do momento em que se inicia o tratamento, a diminuição do colesterol pode ser percebida após três meses. “Recentemente, atendi um paciente que já estava em tratamento, mas não conseguia reduzir o colesterol porque não havia retirado o açúcar. Nós retiramos o açúcar por três meses, e o colesterol dele nunca esteve tão baixo, mesmo ele já se alimentando de forma saudável. De fato, precisamos investigar o que realmente está aumentando o colesterol, e geralmente são os açúcares e carboidratos”.

A nutricionista explica se é mito ou verdade de que o colesterol alto causa infarto. “Na verdade, o aumento do colesterol propicia a aterosclerose, que é a formação de placas de gordura nas artérias, mas o infarto é desencadeado por diversos fatores, principalmente o excesso de peso, a resistência à insulina, o diabetes e uma alimentação desregrada. Existem pacientes com alterações genéticas que aumentam o colesterol, e isso também precisa ser investigado”.

O quadro 'A Casa é Sua' é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1, nas terças e quintas-feiras.

Veja o quadro completo abaixo: