Nessa terça-feira (26), o quadro "A Casa é Sua", do programa TVC Agora, falou sobre Mês Mundial de Conscientização do Lipedema com a nutricionista Keyla Bastos.
A nutricionista explica que, “o lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura no corpo, geralmente afetando a parte inferior em mulheres, embora alguns homens também possam ser acometidos. Esse acúmulo de gordura vem acompanhado de sinais e sintomas como edema (inchaço), hematomas e dores nas pernas”.
A doença é frequentemente confundida com celulite, mas possui características distintas. Ela está associada a dores, muito inchaço e hematomas. “Se você apresentar esses sintomas junto com a aparência de celulite, é importante procurar um médico vascular para avaliação e tratamento, pois o lipedema é uma doença crônica”, explica Keyla.
Existem vários tipos e graus de lipedema, sendo cinco no total. A doença pode ser confundida com o linfedema. O lipedema é caracterizado pelo excesso de acúmulo de gordura em uma região desproporcional. Já o linfedema afeta os linfócitos, resultando no acúmulo de líquido entre a gordura.
O lipedema tem uma causa genética, mas o ambiente em que a pessoa vive também influencia, segundo Kelya. “Se você vive em um ambiente obesogênico, com uma dieta de gorduras e frituras, uso excessivo de cigarros e bebidas alcoólicas, além de falta de sono adequado e atividade física, a probabilidade de desenvolver a condição é muito alta, especialmente se você tiver predisposição genética”.
O lipedema não tem cura, mas o tratamento varia conforme o grau da condição. “Nos casos de grau um, tratamentos estéticos e uma dieta anti-inflamatória podem ser eficazes. Uma dieta mediterrânea, com menos carne vermelha e mais peixes, azeite, frutas, legumes e verduras, ajuda a desinflamar o organismo. Vegetais verdes escuros, bem como frutas e legumes vermelhos, como melancia, beterraba, maçã, ameixa e uva, são benéficos. Para casos mais avançados, é essencial o acompanhamento médico, pois a doença também possui um componente hormonal que precisa ser monitorado”, Bastos orienta.
Confira o quadro completo abaixo: