Nesta quinta-feira (2), o quadro "A Casa é Sua", do programa TVC Agora, falou sobre mitos e verdades sobre os métodos contraceptivos, com a ginecologista e obstetra Lilian Viola.
Segundo a especialista, os métodos contraceptivos podem ser categorizados em hormonais e não hormonais. Entre os não hormonais estão o preservativo masculino e feminino, o diafragma e os Dispositivos Intrauterinos (DIU), disponíveis em versões de cobre e cobre e prata. Já os métodos hormonais incluem comprimidos, injeções, adesivos, anéis vaginais, DIUs hormonais e o implante contraceptivo (Implanon).
Um mito comum é que mulheres que nunca engravidaram não podem usar DIU, mas não é verdade. Lilian também esclarece que, muitas vezes, adolescentes têm dificuldade em manter a rotina de tomar pílulas diariamente, optando por métodos de longa duração, como o DIU e o Implanon. Ela ressalta que nenhum método é 100% eficaz e todos apresentam algum risco de falha.
Em relação ao famoso "chip da beleza", propagado por celebridades, Lilian destaca que não há conexão com o implante contraceptivo, regulamentado pela Anvisa. Enquanto o Implanon é um método reconhecido, o "chip da beleza" é produzido sob manipulação e não possui regulamentação.
Embora as pílulas contraceptivas sejam amplamente utilizadas, há preocupações com a possibilidade de desenvolvimento de trombose. A ginecologista diferencia entre as pílulas combinadas, que contêm estrogênio e progesterona, e as isoladas, que contêm apenas progesterona, e ressalta que o risco de trombose é maior durante o primeiro ano de uso.
Sobre os adesivos contraceptivos, que também contêm estrogênio e progesterona, Lilian informa que possuem um índice de segurança semelhante ao das pílulas e devem ser aplicados em áreas específicas do corpo, como dorso, região abdominal ou glúteo, conforme orientação médica.
Quanto aos métodos injetáveis, frequentemente alvo de críticas por serem considerados "bomba de hormônios", Lilian esclarece que é um mito. Existem opções mensais, contendo estrogênio e progesterona, e trimestrais, contendo apenas progesterona, com liberação gradual do hormônio após a aplicação.
Para mulheres que estão no período pós-parto, a escolha de contraceptivos deve ser avaliada pelo médico, devido ao maior risco de trombose. Durante a amamentação, métodos sem estrogênio são mais adequados. Os métodos de longa duração podem ser inseridos imediatamente após o parto.
Todos os contraceptivos exigem um período de adaptação de três a seis meses ao organismo da paciente, podendo causar alterações no ciclo menstrual, aumento do sangramento e outros efeitos colaterais. Lilian destaca que esses métodos podem ser usados não apenas para prevenir a gravidez, mas também como tratamentos para problemas como sangramento aumentado, cólicas e ciclo menstrual irregular.
Confira o quadro abaixo: