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Papo Reto: apostas esportivas aumentam número de endividamentos

Quadro é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1

Quadro é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1. - Foto: Reprodução/TVC
Quadro é exibido no programa TVC Agora, da TVC HD, Canal 13.1. - Foto: Reprodução/TVC

O economista, administrador e educador financeiro, professor Marçal Rogério Rizo, falou sobre como as apostas esportivas comprometem o orçamento familiar, durante participação no quadro "Papo Reto", do programa TVC Agora, desta quarta-feira (15).

O aumento dos gastos com apostas esportivas em plataformas online, conhecidas como 'bets', está contribuindo para o crescimento do endividamento no país, especialmente entre as classes de menor poder aquisitivo, que são atraídas pela promessa de lucros rápidos.

Segundo o professor, essa promessa ilusória tem enganado muitas pessoas. “Frequentemente vemos 'influencers' fazendo propagandas enganosas que incentivam as pessoas a se endividarem. Essa situação já está se tornando uma epidemia, com gente recorrendo até a agiotas para tentar cobrir as dívidas que fizeram para apostar”.

Ele também destacou as razões por trás do agravamento desse problema. “Antigamente, era preciso ir até um local específico para apostar. Hoje, o 'estabelecimento' está na palma da mão. Essa facilidade de acesso tem criado uma epidemia de endividados, pessoas que, muitas vezes, deixam de suprir necessidades básicas em casa para alimentar a ilusão de enriquecer com esses jogos de falsas promessas”.

Para Marçal, a falta de educação financeira é um fator crucial. "Cada pessoa tem o livre-arbítrio para se divertir e fazer suas apostas, mas é fundamental lembrar da educação financeira, que nos ensina a pensar no longo prazo e a estar preparados para investir com paciência. O problema é que muitas pessoas buscam o imediatismo, a ilusão de ganhar dinheiro rápido com um jogo. Isso não existe, pessoal. É como uma droga, que vicia e leva a um caminho sem volta. A pessoa acredita que vai recuperar o que perdeu, mas só cava um buraco cada vez mais fundo”.

Marçal ainda alertou sobre os perigos de começar a jogar. “Estamos vendo notícias alarmantes, como casos de pessoas recorrendo a agiotas ou até de netos roubando dinheiro dos avós para apostar. Mais de 180 mil pessoas caíram nessa armadilha, acreditando em ganhos fáceis e rápidos. Mas a verdade é que quem ganha é quem inventou o jogo, não quem joga. Portanto, evite começar, não caia nessa ilusão. Invista esse dinheiro, estude, pense no futuro. Não busque lucros fáceis, porque eles não são reais. Foque em coisas que realmente são”.

Ele também chamou a atenção para os casos de internação devido ao vício em apostas. “Famílias estão precisando internar pessoas que se tornaram tão viciadas em jogos que não conseguem se libertar. As imagens coloridas e a movimentação dessas plataformas afetam o cérebro e criam um vício, alimentado pela falsa esperança de enriquecer. Acreditar que aquele joguinho na palma da mão vai trazer uma fortuna é uma grande ilusão. Portanto, tenha cuidado e evite começar. Não caia nessa, é muito perigoso”.

Veja o quadro completo abaixo: