O professor e coordenador do Fórum de Contabilidade, Cleston Alexandre dos Santos, falou sobre o Fórum de Contabilidade Eleitoral, promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), durante participação no quadro "Papo Reto", do programa TVC Agora, desta quarta-feira (4).
Nesta quinta-feira (5), será realizada a quarta edição do Fórum. A iniciativa é do curso de Ciências Contábeis do Câmpus de Três Lagoas (CPTL). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas online. O evento começa às 19h, no Anfiteatro Dercir Pedro de Oliveira, na unidade 2 do CPTL.
De acordo com o professor, o foco do evento é abordar a contabilidade eleitoral, em aspectos contábeis e jurídicos. “A legislação tem vários pontos específicos, por isso, é importante que quem está envolvido em campanhas eleitorais fique atento”.
Ele explica que o partido e o candidato precisam prestar contas. “O partido, durante o ano corrente, tem que estar sempre prestando contas, há prazos específicos para isso. O candidato também. A partir do momento em que ele faz o registro, já tem suas obrigações. Posteriormente, quando ele já está ligado à propaganda eleitoral, ele começa a movimentar dinheiro, arrecadar fundos e fazer gastos, seus respectivos investimentos. E tudo isso precisa ser declarado nas prestações de contas".
Qualquer candidato deve prestar contas, segundo Cleston. "Aquele candidato que está nessa disputa, se não for eleito ou se for eleito, precisa prestar contas. Não há isenção para nenhum deles. A partir do momento em que começou a propaganda eleitoral e ele está envolvido na política, mesmo que desista, ele tem que prestar contas. Se foi até o final do processo eleitoral, também tem que prestar contas".
A prestação de contas envolve a transparência e a legitimidade de todo o processo. “É importante que o cidadão saiba sobre a transparência dos candidatos em relação aos recursos que estão utilizando, pois eles arrecadam fundos, tanto de pessoas físicas quanto de fundos partidários. Há um volume significativo de recursos envolvidos no processo eleitoral. Quanto mais transparente, mais legítimo é o processo. Isso é melhor tanto para o candidato quanto, principalmente, para o cidadão, que saberá como esses recursos estão sendo movimentados e gastos", explica.
Na questão das eleições, o prazo é mais curto para a prestação, principalmente para os candidatos. “No dia 9, já encerra a prestação de contas parcial. Depois, o prazo é curto novamente, e, após o primeiro turno, eles têm 30 dias para fazer a prestação de contas. Quem for para o segundo turno tem mais 30 dias para finalizar o processo. É tudo muito rápido, então é preciso estar atento a todo o processo. O nosso fórum vem para despertar os participantes sobre a importância do acompanhamento que começa desde o planejamento, não só agora durante o processo eleitoral, que exige um planejamento muito rigoroso para que tudo ocorra de forma certa, transparente e legítima. Para que tudo corra bem, tanto para o partido quanto para o candidato, e também para que o cidadão veja como está sendo feita a movimentação de recursos".
O público-alvo do evento envolve estudantes, além de profissionais da área de contabilidade, de direito, gestões e membros ligados as campanhas eleitorais. “É uma oportunidade para eles se especializarem em um assunto muito específico, no qual existem oportunidades no mercado. Temos uma equipe de profissionais que atuam especificamente no acompanhamento das contas eleitorais. Trata-se, portanto, de uma excelente oportunidade. Os alunos já estão envolvidos nesse processo, e alunos de outras instituições também foram convidados, incluindo de outros cursos. Além de ciências contábeis, participarão também alunos dos cursos de direito e administração, que estão diretamente ligados ao contexto eleitoral".
Como palestrante, foi convidada a contadora Lucélia da Costa Nogueira Tashima e o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso do Sul (CRCMS), Otacílio dos Santos Nunes
Veja o quadro completo abaixo: